Escrivão é denunciado por forçar mulheres a sexo oral dentro de delegacia
De acordo com a polícia, ao menos três mulheres afirmam ter sido vítimas de abuso sexual enquanto prestavam depoimento
De acordo com a polícia, ao menos três mulheres afirmam ter sido vítimas de abuso sexual enquanto prestavam depoimento
O escrivão da Polícia Civil Tiago Borges Miguel, 38 anos, foi preso depois de ser acusado de estupro, em Franca, São Paulo, na sexta-feira (2). Os crimes teriam ocorrido dentro da delegacia do município localizado no interior paulista.
De acordo com a polícia, ao menos três mulheres afirmam ter sido vítimas de abuso sexual enquanto prestavam depoimento. O caso que levou Tiago à cadeia é de um mulher que teria sido obrigada a fazer sexo oral nele no dia 23 de agosto do ano passado. De acordo com a vítima, o escrivão exibia sua arma de fogo e a ameaçava dizendo que sabia onde ela morava.
O policial foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) na terça-feira (30) e a Justiça acatou o pedido de prisão preventiva.
Estupro
Segundo o MP-SP, a vítima havia sido intimada a comparecer na delegacia por causa de uma investigação sobre estelionato. Na ocasião, o escrivão trancou a porta da sala, pediu o celular da vítima e buscou fotos íntimas na galeria.
Em seguida, ele começou a tocar no corpo da mulher e a obrigou a praticar sexo oral. A vítima registrou a ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que instaurou inquérito, mas o escrivão não foi afastado do cargo.
“Tiago, em tese, além de violar dever inerente ao cargo que ocupava de policial civil, valeu-se das facilidades próprias de seu cargo para intimidar e ameaçar a vítima para satisfazer sua lascívia”, escreveu o juiz Orlando Brossi Júnior, da 3ª Vara Criminal de Franca, ao decretar sua prisão.
No fim de 2022, outras mulheres também denunciaram o mesmo modus operandi. Elas teriam sido vítimas do policial em 2018. “Detalhe relevante é que que nenhuma delas se conhece e ainda assim apresentaram relatos semelhantes, citando a manipulação de arma de fogo pelo denunciado para intimidá-las, pedido para ver fotos e vídeos íntimos em seus celulares e o próprio ato sexual em si”, relatou a promotoria.
Denúncias
Uma dessas vítimas desistiu de dar prosseguimento às investigações por problemas psicológicos. Já a outra entrou com recurso na Justiça após o prazo para ela representar contra o escrivão caducar.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que policiais da 3ª Corregedoria Auxiliar de Ribeirão Preto, também no interior, cumpriram o mandado de prisão do escrivão. “A arma e a carteira funcional dele foram apreendidas. O homem foi levado ao Presídio da Polícia Civil, onde permanece preso à disposição da Justiça”, diz.
Fonte: BNews/ Com Informações do Metrópoles.
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